Google Translator - choose your language

Visabeira lança OPA à Vista Alegre


A Visabeira, através da Cerutil, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital da Vista Alegre. A empresa vai pagar um total de 12 milhões de euros pelas acções admitidas em bolsa.

A Visabeira, através da Cerutil, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital da Vista Alegre. A empresa vai pagar um total de 12 milhões de euros pelas acções admitidas em bolsa.

Em comunicado emitido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cerutil, empresa detida a 100% pelo Grupo Visabeira, revela que a contrapartida oferecida é de 0,092 euros pelas acções da VAA – Vista Alegre Atlantis. Esta contrapartida representa um total de 7,11 milhões de euros pelas 77,31 milhões de acções da empresa que estão admitidas à negociação.

Pelas acções da VAA Fusão, que também está cotada em bolsa, a Visabeira oferece 0,072 euros, o que corresponde a 4,88 milhões de euros face ao número de acções admitidas em bolsa.

O último dia de negociação das acções da Vista Alegra foi na última sexta-feira (16 de Janeiro), depois da CMVM ter decretado a suspensão da negociação das acções. A VAA encerrou a negociar nos 0,070 euros naquele dia e a VAA Fusão fechou nos 0,10 euros.

Se forem consideradas apenas as acções admitidas à negociação na bolsa nacional, a Visabeira iria investir quase 12 milhões de euros. Mas além destas acções a empresa terá ainda de comprar as que não se encontram admitidas.

Os intermediários da operação serão o Caixa BI e o Banco Millennium BCP Investimento.

fonte:
Sara Antunes
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=349926

Porcelana - Klick Educação


A porcelana é uma variedade de cerâmica dura, branca, de espessura fina e translúcida. pode ser vitrificada ou não. Sua matéria-prima básica é o caulim, também chamado de barro branco, com adição de sílex e feldspato. A porcelana se desenvolveu na China, nos séc. VI d.C. e VII d.C.; aperfeiçoando-se no séc. VIII d.C. O composto da cerâmica é chamado corpo ou pasta. A substância vítrea que reveste o objeto de porcelana chama-se vidrado. Quando o corpo passa por um processo de cozimento, mas não é vitrificado, chama-se biscuit (biscoito). Medalhões, bustos ou pequenas peças de escultura são sempre de biscuit. Louças e outros objetos costumam ser vidrados ou vitrificados. A porcelana chinesa é toda vitrificada.




A Fabricação da Porcelana.

Na fabricação da massa da porcelana, todos os materiais são finamente triturados (ou pulverizados), lavados e filtrados. Em seguida, são misturados em proporções adequadas. A argila resultante é trabalhada e amassada uniformemente. Essa pasta pode ser colocada num torno, enquanto o ceramista vai dando forma à peça. A massa úmida também pode ser colocada em moldes, nos quais, em seguida, despeja-se argila líquida. Nesse caso, o molde é removido somente depois que a argila estiver seca e suficientemente dura.


Porcelana originária de Meissen, fábrica fundada em 1710, na Alemanha.

Decoração da Porcelana.

O corpo da peça pode ser ornamentado por gravação, relevo ou perfuração. Os relevos são aplicados antes de a peça ser cozida ou vitrificada. A decoração pode ser feita com tintas ou com douração, ou mesmo com ambos os processos. Dois tipos de tinta são empregados: sob vidrado e esmalte. Aplica-se o primeiro antes da vitrificação do cozimento. Cores esmaltadas e douradas requerem novo cozimento para que se fundam com o vidrado e se mantenham.

Marcas de Porcelana.

As fábricas de porcelana européias tinham o costume de marcar a maior parte de sua louça com o objetivo de indicar a procedência. Era como uma assinatura. Mesmo assim, houve muita falsificação de porcelana, pois dificilmente se conseguiam duas assinaturas iguais.

Os dois L entrelaçados de Vincennes, por exemplo, apresentavam-se sempre diferentes mesmo nos produtos originais. As assinaturas de outras marcas famosas, como a cifra real de Sèvres, as espadas cruzadas de Dresden e a âncora de Chelsea, também nunca pareciam iguais.

Porcelana Chinesa e Japonesa.

A maioria da antiga porcelana chinesa foi fabricada em Kingtehchen. Às vezes, os produtos eram moldados lá e decorados em outros locais, como em Nanquim. Eram então exportados para o Ocidente. Todo o conhecimento japonês sobre a produção de porcelana teve origem na China. Sua fábrica mais famosa, a Arita, foi fundada em 1605. Produziu marcas famosas como Kahyemon e Imari.


Cântaro em porcelana decorada de Sèvres, França, do século XIX.


História.

A chamada porcelana verdadeira começou a ser fabricada em maior escala durante a dinastia Tang (618-907 d.C.). Mas um tipo de material semelhante a ela já era produzido na China durante a dinastia Tcheu (1027-256 a.C.).

O comércio com o Oriente e as Índias ajudou a difundir a beleza da porcelana na Europa. De 1600 em diante, navios das companhias inglesas, francesas e holandesas das Índias a colocaram ao alcance dos europeus.

Com a grande procura por porcelana, negociantes europeus tentaram reproduzi-la. Muitas tentativas foram feitas antes que o aprendiz de farmacêutico Johann Friedrich Böttger descobrisse o segredo dos chineses. Em 1709, a Europa começou a fabricar porcelana de pasta dura. A técnica para obter essa porcelana foi guardada a sete chaves pela fábrica de Meissen (Dresden), mas, com o tempo, outros artesãos aprenderam a alcançar os mesmos resultados de Böttger e a porcelana se popularizou.

Muitas fábricas tentavam obter a verdadeira porcelana e produziam peças extremamente parecidas com ela. São hoje conhecidas como porcelanas de pasta tenra, termo que as distingue dos produtos verdadeiros ou de pasta dura. Algumas fábricas famosas faziam apenas a porcelana de pasta tenra. Outras, mais tarde, tiveram sucesso na fabricação de porcelana de pasta dura. Esta foi produzida pela primeira vez nos EUA no início do séc. XIX.

fonte: http://www.klickeducacao.com.br/2006/enciclo/encicloverb/0,5977,PPR-11094,00.html

Laboratório químico-prático do Rio de Janeiro – primeira tentativa de difusão da Química no Brasil (1812- 1819)

por Nadja Paraense dos Santos
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422004000200030

Este artigo pretende divulgar a descoberta de um documento que se encontrava desaparecido até a presente data. Trata-se do documento intitulado "Ensaio histórico analítico das operações do Laboratório Químico-Prático do Rio de Janeiro", onde seu autor discorre sobre as atividades do Laboratório Químico-Prático do Rio de Janeiro, no período de 1812 a 1819.

(...) Ao realizarmos no Arquivo do Museu Imperial (Petrópolis, RJ) o levantamento de uma série de documentos relativos à ligação do Imperador D. Pedro II (1825-1891) com as ciências, localizamos no Arquivo Grão-Pará, sob a guarda dos descendentes da família imperial, um documento intitulado "Ensaio Historico Analytico das Operações do Laboratorio Chimico-Pratico do Rio de Janeiro". Trata-se de um manuscrito de 196 páginas, sem identificação de autoria e sem data, mas seu conteúdo sugere que ele foi escrito pelo Diretor do laboratório, o cônego Francisco Vieira Goulart, provavelmente em 1820.(...) O primeiro trabalho oficial do Laboratório Químico-Prático foi a tentativa de descobrir produtos que pudessem ser utilizados para permuta de gêneros com os chineses.

 
(...) Ainda neste capítulo (5°), Goulart [cônego bacharel Francisco Vieira Goulart (1765–1839), professor régio de filosofia racional e moral na cidade de São Paulo (1809-1811)] comenta o aparecimento de um folheto datado de 1819 e intitulado "Instruções para os viajantes empregados na Colônia"(...). Goulart critica também o trabalho "Argilas do Brasil", publicado no folheto supra citado, no qual o autor afirma ter examinado mais de 200 diferentes argilas, sem conseguir produzir o vidrado da porcelana. Para Goulart a divulgação deste trabalho desanimaria qualquer pessoa que quisesse fabricar louça no Brasil26. Ele aproveita para alertar sobre a necessidade de se fazer e divulgar um "inventário científico do que possuímos" e também de se instalar uma Escola onde se "ensine a química aplicada às Artes", sujeita à Junta do Comércio, vista, portanto, como uma corporação permanente que evitaria que ocorresse o que aconteceu com o Laboratório Químico-Prático.


26. Seus comentários mostram seu conhecimento do processo de fabricação de porcelanas, principalmente no que se refere ao caulim (Al4(SiO4O10)(OH)8), conhecido no Brasil pelo nome indígena de tabatinga (barro branco).

O artista Barnaby Barford retrata violência delinquente em estatuetas de porcelana


O artista plástico britânico Barnaby Barford criou uma série de estatuetas de porcelana que retratam cenas do cotidiano de jovens delinquentes de seu país.

Barford, de 31 anos, afirmou que ao subverter a tradição de retratar figuras ou cenas pastorais, a coleção, chamada The Good, The Bad, The Belle (O Bom, o Mau, a Bela, em tradução livre), tenta mostrar como a juventude britânica é vista pelas gerações mais antigas.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph,o artista afirma que seu trabalho é, de certa forma, "chocante", pois as esculturas pegam as pessoas despreparadas. "Elas estão vendo estas estatuetas tradicionais de porcelana em um contexto totalmente novo", disse.

A técnica utilizada por Barford consiste em cortar e modificar estatuetas de porcelana comuns ou antigas compradas em lojas de artigos de segunda mão ou vendidas por famílias que querem se livrar de objetos velhos.

Em uma das esculturas, as figuras de porcelana mostram jovens praticando "happy slapping", uma prática que surgiu em 2004 em escolas londrinas e que consistia em uma agressão inesperada contra uma vítima escolhida aleatoriamente, enquanto um colega do agressor filmava a ação com um telefone celular.









Outros modelos mostram um garoto comendo um lanche da rede McDonald's, jovens usando malhas com capuz vandalizando um parque, outros escrevendo em muros e uma família devorando refeições em uma rede de fast-food.








fontes:
>> http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/04/17/artista-retrata-violencia-delinquente-em-estatuetas-de-porcelana-755321646.asp
>> http://www.barnabybarford.co.uk/


Veja abaixo mais trabalhos de Barnaby Bradford, da série "Noir Collection", que são também criadas com bibelots comprados em bazares e mercados de pulgas. Barnaby Bradford reconfigura as peças ornamentais, acrescenta partes vindas de outras peças, e as repinta. Os títulos são sempre provocativos, como "Shit! Daddy's going to kill me".









reflexões (muito!) superficiais sobre a "invasão chinesa"


Hoje recebi em casa um caderno promocional da cadeia de super-mercados americana WAL-MART, que está se espalhando em nosso país tal qual uma epidemia.

Entre os mais variados produtos possíveis, há anúncios de jogos de porcelana, com preços inacreditavelmente baixos, sem que se diga sua procedência. Pois bem, há uma loja desta cadeia bem perto de minha casa, e já pude ver estas louças. A maior parte das louças vendidas por esta rede, como era de se esperar (infelizmente!) é chinesa, muitas com embalagens que estampam verdadeiros crimes contra nosso idioma. E várias "marcas" que na verdade são fantasia, não correspondem a empresas reais, trazem como país de origem apenas RPC, ou seja, República Popular da China.

E o nosso país, que é o paraíso da passividade, e da (ultra neurótica) valorização de QUALQUER COISA que venha de fora (nosso pior traço cultural, na minha visão), mesmo que seja uma visível porcaria, fica quieto enquanto sua indústria de louças, que já foi uma das maiores do mundo, e gerava milhares de empregos, vai a cada dia encolhendo e ruindo. Muitas das poucas fábricas de louça que conseguiram sobreviver nos anos 1960/1970 à competição com a louça de vidro e plástico, nos anos 1990, com a abertura de mercado, começaram a fechar uma a uma.

Eu pude avaliar nas minhas mãos esta louça, e como quase sempre, não é de qualidade. E o pior de tudo, que no final das contas na hora da compra é o que pesa mais, é o baixo preço, ainda mais se comparado aos produtos similares, de produção brasileira:

>> jogos de jantar e chá Schmidt em ponta de estoque, com 20 peças, tem preços que variam de R$ 220 até R$ 310.

>> um aparelho de jantar e chá com 20 peças brancas, sem decoração, da Schmidt, EM PROMOÇÃO custa R$ 109 (o preço regular é R$ 139)

>> um aparelho de jantar e chá com 20 peças Schmidt, em catálogo, preço normal não promocional, custa em média mais do que R$ 500.

>> um aparelho de jantar e chá com 30 peças de faiança (Vitramik) com decoração da Oxdord está custando EM PROMOÇÃO R$ 239 (preço original: R$ 299)

>> um aparelho de jantar e chá Oxford Biona Actual com 30 peças custa R$ 179.

>> um mero conjunto de 6 pratos Germer custa de R$ 68 a R$ 110.

>> um aparelho de jantar e chá com 28 peças da Viva (Porcelana Del Porto; ex-Vista Alegre, ex-Renner) custam de R$ 190 até R$ 290.

>> um aparelho de jantar e chá com 30 peças da Cerâmica PORTO BRASIL está custando em torno de R$ 280; em promoção pode ser encontrado por R$ 200.


>> Nestas MESMAS LOJAS, os jogos de 20 peças chineses podem ser encontrados desde por volta de R$ 40, até no máximo R$ 100, sendo que a maioria custa abaixo de R$ 70.

E aí, como a nossa indústria pode sobreviver a esta devastadora competição, extremamente injusta, uma vez que estes preços baixíssimos serem possíveis não apenas pela baixa qualidade do material, mas também pelo praticamente nulo controle de qualidade, e principalmente devido ao trabalho (quase) escravo de milhares de pobre-coitados chineses, que trabalham sem a menor condição de saúde e segurança, que mesmo nos países mais atrasados já são mínimas? Sem contar que, como comprova o recente caso da cadeia de lojas CASA & VÍDEO, em muitos casos estes artigos chegam no Brasil através de contrabando, sem pagar qualquer tipo de imposto de importação!

A solução seria o protecionismo? De forma alguma! Sou defensor do livre comércio, mas este livre comércio tem que ser IGUAL PARA TODOS OS PAÍSES!

Como aceitar que a concorrência entre nossas fábricas e as orientais acontece de forma justa e limpa, quando enquanto aqui a carga tributária é IMENSA, o peso das leis trabalhistas emperra a dinâmica do mercado de trabalho, e lá na China, os trabalhadores recebem salários de fome, não tem qualquer segurança trabalhista, nenhum apoio social, médico, etc; muitas vezes tem descontados de seus salário miseráveis "moradia e alimentação", que não passa de uma senzala!

Como aceitar esta concorrência com um país, que para mim é quase certo, seja regiamente subsidiada pelo governo Chinês, numa estratégia cruel e desonesta de "domínio mundial"?

Como aceitar que nosso governo permita a importação descarada de artigos que serão usados no consumo de alimentos, e que sequer seguem a regras brasileiras e internacionais de segurança para a saúde do consumidor? (saiba mais aqui: porcelana chinesa tem alto teor de chumbo)

O que deveria ser feito é a PROIBIÇÃO de importação de QUALQUER PRODUTO (não apenas louça!!), de QUALQUER ORIGEM (não apenas da China!!), que:

- fosse resultado de trabalho escravo ou quase escravo, onde os trabalhadores são tratados como descartáveis, sem que se sigam as normas internacionais de segurança;

- pudessem apresentar riscos à saúde e segurança do consumidor, seja lá por qual razão for, em especial se não atendem às normas e regras que os produtos fabricados no Brasil são obrigados a seguir.

Apenas estas duas regras já mudaria e muito este cenário danoso para nossa indústria.

Mas outra coisa que me espanta é que os nossos industriais e os Sindicatos das Indústrias de Porcelana e Cerâmica parecem ainda mais perdidos do que nossos governantes, pois reclamar da concorrência desleal da indústria chinesa até reclamam, mas não vejo nenhuma AÇÃO EFETIVA, em cobrar do governo alguma providência, para que possamos ter concorrência sim, que é sempre boa para o consumidor, mas que esta seja em bases de igualdade.

Fábrica de Louças Adelinas | Pratos Avulsos


ADELINAS
Fábrica de Louças Adelinas
Cia. Barros Loureiro e Filhos
fábrica de peças de faiança e granito de peças de mesa, peças decorativas e de peças para higiene
São Caetano do Sul - SP 







Fábrica de Louças Adelinas | Xícaras

 


ADELINAS
Fábrica de Louças Adelinas
Cia. Barros Loureiro e Filhos
fábrica de peças de faiança e granito de peças de mesa, peças decorativas e de peças para higiene
São Caetano do Sul - SP

Fábrica de Louças Adelinas | xícaras

 


ADELINAS
Fábrica de Louças Adelinas
Cia. Barros Loureiro e Filhos
fábrica de peças de faiança e granito de peças de mesa, peças decorativas e de peças para higiene
São Caetano do Sul - SP

Fábrica de Louças Adelinas | Café & Chá

 


ADELINAS
Fábrica de Louças Adelinas
Cia. Barros Loureiro e Filhos
fábrica de peças de faiança e granito de peças de mesa, peças decorativas e de peças para higiene
São Caetano do Sul - SP




linha Brasil para a Oxford

fonte:http://rosenbaumdesign.wordpress.com/2008/08/25/81/

design de Marcelo Rosenbaum para decoração de louça da Oxford (coleção 2007/2008, já esgotada e fora de catálogo)
textos de Jackson Araujo


MARACATU
“Com seu rico manto bordado, o Caboclo-de-Lança é a figura mais emblemática do Maracatu Rural ou de Baque Solto, da Zona da Mata pernambucana. Encanta pela beleza colorida, óculos escuros, flor entre os dentes. Seu transe é alimentado por quinze dias de abstinência sexual e doses de cachaça com pólvora. É o Guerreiro de Ogum e carrega nas costas, sob a vestimenta sagrada, os chocalhos que marcam o ritmo eufórico da dança entre os versos entoados pelo Mestre.”






IEMANJÁ
“Sereia, Princesa do Mar, Janaína, Inaê, Dandalunda, Nossa Senhora das Candeias… É a protetora das viagens e dos amores. O mar é sua eterna morada e para onde leva os amantes. Ela gosta de perfumes, rosas, colares, pentes e tudo o que é elegante e feminino. Sábado é seu dia. Azul e branco, suas cores. Deusa marinha como Afrodite, deu à luz as estrelas, as nuvens e os orixás. De seu ventre nasceram Xangô, Oiá, Ogum, Ossaim, Obaluê e os Ibejis. Ela é mãe. A Mãe D’Água.”






CARROCERIA DE CAMINHÃO
“Com as carrocerias pintadas de motivos que lembram grafismos indígenas, os caminhões cruzam o Brasil transportando, além de cargas pesadas, vidas cheias de sonhos. São as moradias de homens que, cansados de um amor em cada porto, ao contrário dos marinheiros dos romances e folhetins, agora viajam com toda a família a bordo.Transitam pelas BRs sem endereço fixo e transformam os postos de gasolina em hotéis. Seu verdadeiro luxo: poder amar sobre quatro rodas.”






CHITA
“Se a cultura popular tivesse um sudário, seria a chita. Tecido ordinário, de algodão, estampado, colorido, traz impresso o jeito simples de viver do Brasil. Veste as donzelas nas festas juninas, alegra os bonecos de Olinda, dá vida à saia do Bumba-Meu-Boi, adocica a virilidade dos cavaleiros do Divino, decora a toalha de mesa, envolve a almofada da renda de bilro, deixa mais feliz o colchão e a colcha da cama do sertão. Diz que veio das Índias, mas seu RG é bem brasileiro.”






RENDA
“Olê muié rendera, olé muié rendá, tu me ensina a fazê renda, que eu te ensino a namorá…” Os versos que já embalaram tantos amores traduzem a poesia das mãos que fazem a renda Renascença. Tudo começa com o risco dos arabescos. Depois, a trama de linha, como galhos e espinhos da caatinga, une tudo em pontos chamados de abacaxi, besouro, flor,caramujo, arroz, pipoca, balaio, amor… E assim são tecidos os romances sob o ouro da luz da lamparina.”

Louças ganham personalidade com assinatura de designers, estilistas e arquitetos

04/08/2008 - 13h42
por CHRIS CAMPOS
Colaboração para o UOL
fonte: http://estilo.uol.com.br/ultnot/2008/08/04/ult3617u5927.jhtm

obs: As peças desta matéria são de 2007 e 2008, e não estão mais nos catálogos atuais dos respectivos fabricantes e/ou distribuidores.


No tempo das nossas avós, louça de grife era louça cara. Jogos com muito mais do que 30 peças, certificado de procedência (de preferência europeu), com bordas douradas, relevos e outras firulas do gênero. Tudo muito chique, de fato. Mas os anos se passaram e louça de grife, hoje, implica em peças assinadas por grandes estilistas, arquitetos e designers renomados. Afinal, ser fino hoje em dia tem muito mais a ver com peças que representem seu estilo (ou do seu estilista ou designer favorito) do que com ostentação ou conservadorismos que faziam mais sentido antigamente.

O que estimula fabricantes de porcelana e consumidores a investir na louça da casa diferenciada pela assinatura famosa é justamente a busca por um estilo. Aqui no Brasil, uma cadeia loja de móveis e objetos e a Oxford são duas das empresas que seguem essa trilha. A primeira elegeu Alexandre Herchcovitch para batizar uma linha de canecas com desenho de caveira (marca registrada do estilista) e também uma outra de utilitários - que esteve à venda por tempo limitado. Já a Oxford apostou no talento do arquiteto Marcelo Rosenbaum - que colocou seu nome em pelo menos cinco linhas da marca.


Marcelo Rosenbaum


(...)
São peças diferenciadas, para um público diferenciado - que entende o luxo como algo que vai além do preço ou do design tradicional. O conceito e o ar contemporâneo é o que valem. Não que as peças sejam baratas... Assinatura, seja ela qual for, sempre tem seu preço.



Alexandre Herchcovitch


Chris Campos é jornalista, editora do site Casa da Chris
www.casadachris.com.br

Cerâmica, a História escrita em Barro


A cerâmica data dos primórdios dos tempos, quando o homem começou a utilizar o barro endurecido para produzir utilitários domésticos. Ela é a mais antiga de todas as indústrias, que substituiu a pedra trabalhada, objetos domésticos de madeira e vasilhas feitas de frutos ou cascas de árvore. Os estudos realizados com esses materiais coletados têm servido para contar a história da humanidade no tempo e no espaço, além de analisar as culturas que constituem verdadeiros monumentos da arqueologia, principalmente amazônicos, a exemplo da Marajó, rica em detalhes e morfologia; a extravagante e caprichosa cerâmica Maracá; a singela e trabalhada de Cunani e a mais bela, decorada e complexa de todas, a depositada à flor do solo em Santarém, no médio Rio Amazonas.


Todo este rico material da arte oleira constitui o mais importante acervo arqueológico da planície amazônica e guarda segredos de seus artesões em belas peças cronologicamente classificadas como proto-históricas, bastante decoradas, contendo pintura e desenhos, ornamentadas em relevo, muitas delas representando figuras humanas ou de animais. No terreno da arqueologia, não havia naquela época, nem atualmente, tribo que dominasse dons tão refinados da cerâmica produzida em qualidade, habilidade e perfeição por esses quatro apontados.

As tribos ceramistas brasileiras foram muitas, mas as de cerâmica artística bem poucas: só esses quatro grupos étnicos se dedicaram à cerâmica como arte. Na Amazônia, a mais interessante delas é a de Pascoal, uma minúscula ilha artificial construída no lago Arari, no centro da Ilha de Marajó, espécie de sentinela do estuário dos majestosos rios Amazonas e Pará. Nem Colombo nem Cabral ainda tinham chegado ao Novo Mundo quando diversas tribos se fixaram nestas áreas da Amazônia. Foi essa região de águas e florestas tropicais que recebeu povos migradores que portavam o dom da arte oleira vinda de terras distantes e que desfrutavam de uma cultura superlativa que os distinguiam dos demais indígenas brasileiros.


Singrando rios ou caminhando pelas matas e alagados, esses povos chegaram impelidos pela lei da sobrevivência até a Ilha de Marajó, onde se localizaram e produziram as mais belas peças arqueológicas brasileiras. Outro grupo fixou-se na região do Rio Tapajós, que abrigou a cultura tapajônica, a mais significativa cerâmica do país por sua modelagem marcante que lembra o estilo barroco e pela beleza de peças zoomorfas de feições ornamentais muito análogas à antiga arte chinesa. Uma outra etnia subiu a costa do norte do

Amazonas, indo situar-se no Rio Cunani, enquanto os demais artesões espraiaram-se pelo Rio Maracá, outro afluente do lado amapaense do Rio Amazonas, que não fazem parte das tradições ceramistas da Bacia Amazônica, sendo classificada como fase não filiada, mas hábeis oleiros por suas urnas funerárias de tipos tubulares, zoomorfas e antropomorfas.


Os quatro primeiros grupos foram os criadores da cerâmica oleira amazônica preocupada com a beleza, cuja evolução, capacidade sensorial, vibração com a natureza, expressão de sentimentos e emoções através da arte refletem sua criatividade. Na cerâmica, eles perenizaram as profundas impressões vindas do inconsciente, impregnadas pela bela e exótica natureza da Amazônia, que abrigou as culturas Marajoara e Tapajônica ou Santarém, as mais expressivas das Américas. A Arqueologia evita classificar os vestígios culturais encontrados às margens do Rio Tapajós, próximas à cidade de Santarém, Estado do Pará, como Tapajônicos, considera-os parte de um complexo cultural denominado Santarém ou Santareno, cuja cerâmica é representada por figuras humanas ou de animais, com ornamentos em relevo, pinturas e desenhos.

Apesar de não desfrutar do mesmo interesse dedicado à cultura Marajoara, por parte dos arqueólogos, a cerâmica Santarém é uma das mais bonitas da pré-história brasileira, provavelmente a mais antiga da Amazônia, resistindo a qualquer aculturamento ou influência estrangeira. Nela, evidencia-se a predileção pela fauna regional e pelo realismo animalista que a diferencia da cerâmica Marajoara, além de não possuir a tradição ceramista das urnas funerárias, pois seus mortos não eram enterrados: tinham os ossos moídos e postos no vinho, para serem bebidos pela tribo.


Outra diferença é a inexistência de estudos dividindo em fases culturais os povos que habitavam a região próxima à junção dos rios Tapajós e Amazonas, que dificulta conhecê-la melhor, principalmente suas controvertidas origens. É aí que está a maior curiosidade dessa bela cultura, visto a nomenclatura da cerâmica ser derivada dos índios Tapaius ou Tapajós, que nem possuíam tradição oleira artística.


A arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt, professora da Universidade de Illinois, em Chicago, cujo trabalho revolucionou o conhecimento da pré-história amazônica, diz que está prestes a desvendar um dos maiores mistérios da Amazônia pré-cabralina, que é a identidade dos índios da cultura Santarém, apesar de parte do acervo encontra-se disperso pelo mundo inteiro e terem sido destruídos os sítios arqueológicos onde as escavações deveriam acontecer. Ela afirma que os povos que produziram as bonitas cerâmicas decoradas de Santarém, na pré-história, não são os mesmos Tapajós que habitavam a região cortada pelo rio do mesmo nome e que eles foram apenas dominadores desses hábeis artesãos que se desenvolveram na região do Médio Rio Amazonas até o ano 1.200 da Era Cristã. Em período que antecedeu à descoberta do Brasil, algumas das civilizações que habitaram a região amazônica têm origens que remontam ao ano 980 antes de Cristo, mas a arquóloga Anna Roosevelt afirma que a cerâmica do Pará tem cerca de oito mil anos e não quatro mil, como se acreditava até então.

Garante ainda que a cerâmica feita pelos povos que habitaram a Ilha de Marajó é originária da própria região e não de culturas colombianas andinas, conforme se acreditou durante muito tempo.


Outros pesquisadores, respaldados em descobertas arqueológicas, acreditam que bem antes de Orellana haver visitado os rios Amazonas e Tapajós, um povo dotado de avançada cultura e hábil na arte oleira habitava aquelas paragens. Esse povo dócil e criativo, segundo alguns historiadores, era supostamente descendente de Maias ou Incas, dado a semelhança de sua cerâmica e a preferência que tinha pelo cultivo do milho, inclusive para fabricação de bebidas, enquanto que outras tribos da região usavam comumente a mandioca.

Há quem afirme que os oleiros viveram na Ilha de Marajó até o ano 1.350 d.C., quando entraram culturalmente em processo de extinção. Os pesquisadores falam que ali existiram diferentes culturas, mas a que mais se sobressaiu foi a Marajoara, aquela que se destacou entre as cinco fases classificadas pelos arqueólogos: Ananatuba, Mangueiras, Formiga, Marajoara e Aruã. A fase Marajoara (400 a.C a 1.650 d.C.) é marcada por uma cerâmica altamente elaborada, cujos artesões também tornaram-se conhecidos por suas obras de engenharias executadas em terrenos alagados da ilha, criando elevações denominadas tesos ou sambaquis, em cima das quais construíram casas, cemitérios e oficinas de cerâmica. Esses aterros artificiais, em alguns casos, chegavam a atingir até duzentos metros de comprimento por 30 metros de largura e dez metros de altura. Os Marajoaras, que desapareceram em 1.350 d.C, cerca de um século e meio antes do descobrimento do Brasil, criaram e desenvolveram a técnica e a excisão (relevo) em suas peças cerâmicas, tanto para uso doméstico como ritualístico, sobressaindo entre elas as aplicadas com desenhos altamente elaborados e sofisticados, como tangas, urnas funerárias, vasos e estatuetas.


Já a cerâmica Maracá foi descoberta por Ferreira Pena, um dos fundadores do Museu Emílio Goeldi, num afluente do Rio Maracá na região da serra de Laranjal do Jari, no Amapá, em 1871. Foram urnas funerárias zoomórficas, antropozoomórficas e tubulares, quase todas encontradas com ossos ou fragmentos. As urnas não estavam enterradas e sim dispostas em certa ordem sobre o solo das grutas, com algumas pintadas e decoradas e outras destruídas por animais ou por raízes de árvores. Ferreira Pena diz que a origem dessa cerâmica é dos Caraíbas, enquanto Ladislau Neto afirma que ela descende de Marajoaras.

Certa feita, porém, os Tapaiús (mais tarde chamados Tapajós), tribo da nação Tapuiuçú, composta por bravos guerreiros e hábeis atiradores de flechas envenenadas, investiram contra esse misterioso povo ceramista e o dominou, tomando posse de suas terras. Dizem os estudiosos, que os Tapaiús afogavam as mulheres adúlteras e mumificavam seus parentes ilustres, mas não eram canibais e poupavam seus prisioneiros, deles aprendendo a arte de trabalhar com a argila cozida, tornando-se também oleiros.

A herança cultural do grupo que ali se fixou há cerca de mil anos antes de Cristo, após a conquista da Amazônia pelos portugueses, praticamente desapareceu até o século XIX, quando ela foi redescoberta e espalhada pelo mundo, principalmente em museus e mãos de colecionadores particulares. Esse legado pré-colombiano das margens do Rio Tapajós, na região do Médio Amazonas, contudo, se destaca pela presença de cariátides, que são figuras humanas que apóiam a parte superior do vaso, além de gargalos, ídolos e pratos. Sua cerâmica é tridimensional e trabalha somente com peças pequenas, como cachimbos e estatuetas de formas variadas, mas diferenciadas da Marajoara, pois apresentam maior realismo e reproduzem mais fielmente os seres humanos ou animais. Por outro lado, a cerâmica Santarena é mais refinada, decorada com elementos em relevo, que perdurou até a chegada dos lusitanos, produção e peculiaridades culturais desaparecidas por volta do século XVII.


Mas a peça cerâmica mais delicada e perfeita já encontrada na Amazônia foi sem dúvida alguma a tanga marajoara, objeto cultural de culto totêmico, uma utilidade feminina estética presumidamente para ser usada em cerimoniais religiosos, o que leva a crer que as mulheres desta tribo participavam de rituais, possivelmente no período do matriarcado interposto pela culturas andinas anteriores a da fase cacicazo. A beleza desta peça, usada possivelmente por sacerdotisas, revestida de uma mística, exercendo poder e fascinação sobre os deuses e homens, transcendia a questão do pudor, que não existia entre estes grupos. Na Índia, a tanga também era triangular, utilizada como oferenda a Ione, a deusa da Maternidade, enquanto que na Colômbia foram encontradas gravuras de tangas rudimentares em oferenda a Banchue, a Mãe dos Homens.

A cerâmica de Marajó, segundo alguns arqueologistas, procede da península de Iucatán, na América Central, enquanto a de Santarém se aproximava de certos modelos Maias. Já a de Cunani se assemelha às das tribos guaranis, que se acredita terem tido contato com os oleiros da região andina da Bolívia. A presença desta bela cerâmica, que os arqueólogos conseguiram salvar, revela não apenas o talento criador desses povos aborígenes, como documenta a sua inteligência motivada por símbolos indecifráveis e por sua superioridade social para a época.


Toda essa cerâmica produzida nestes três centros arqueológicos (Marajó, Amapá e Santarém) revelam sensíveis qualidades de sentimento artístico, dignos até hoje de admiração. A argila que se transformava em panelas, vestimentas, cachimbo, maracá ou outros objetos, não traduzia apenas o estado de espírito do oleiro, o sentimento isolado do artesão, mas o da nação a que pertencia. Além do artefato doméstico, revelador do lar, as peças decoradas revelam o estado religioso do modelador, seu folclore e o seu modo de caçar, pescar, navegar e lutar.


fonte: http://www.amazonview.com.br/noticia.php?cod=1504

Cerâmicas de 9 mil anos são encontradas no Marrocos


NADOR, Marrocos (AFP) — Recipientes de cerâmica, que seriam os mais antigos fabricados no Marrocos, foram descobertos cerca de 50 km ao sul de Nador (norte) por arqueólogos marroquinos e alemães, informou o governo local nesta quarta-feira.

A descoberta aconteceu no sítio de Hassi Ouenzga, em Saka, área em que viveram populações neolíticas há 9.000 anos, informou a delegação provincial da Cultura.

Os pesquisadores pertencem ao Instituto Nacional de Ciências da Arqueologia e do Patrimônio (Insap, marroquino) e ao Instituto Alemão de Arqueologia.

Segundo esses especialistas, dirigidos por Abdeslam Mikdad e Josef Eiwanger, os recipientes de Hassi Ouenzga são 2.000 anos mais remotos do que os mais antigos até hoje encontrados no Marrocos e no conjunto dos países do Magreb.

As populações instaladas nesse local deixaram vestígios de diferentes fases do Neolítico, acrescentou a mesma fonte. O objeto em cerâmica mais recente remontaria a 6.000 anos antes da nossa era.

A decoberta de sinais da fabricação de cerâmica desde essa época pode modificar, profundamente, a percepção que os cientistas têm dessas sociedades do início do Neolítico no Magreb, destacou a nota, lembrando que a cerâmica tinha uma importância social e econômica considerável, porque facilitava o comércio entre as comunidades.

A fabricação de cerâmicas também foi testemunha da mudança nos costumes culinários, além de facilitar a conservação de água. Após o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de algumas espécies de animais, como bois e cabras, teve papel primordial na evolução socioeconômica das populações prehistóricas.

A equipe de cientistas do Programa do Riff Oriental (montanhas do norte do Marrocos) começou seus trabalhos em 1994.


fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hsrbWpaFODBIeZvF3YR3Ksg0Fyzw

As porcelanas de Claire Coles


A designer inglesa Claire Coles cria explendidos objetos e ilustrações, usando diversas técnicas e experimentos.

Suas xícaras de porcelana são muito originais, de uma estética poética muito refinada. Graças a várias experiências a artista é capaz de estampar e texturizar esse material com resultados incríveis.



Há algumas que apresentam desenhos bordados:



A artista também cria outras peças em porcelana, como vasos

Potes de porcelana - Faculdade de Farmácia




Potes de porcelana antigos usados na manipulação de medicamentos da Faculdade de Farmácia (FF), na antiga Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

foto de Ana Cláudia Vieira
fonte: http://www.imagem.ufrj.br/index.php?acao=detalhar_imagem&id_img=1620

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...