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praça XV - 28/06/2008

Não estava pensando em ir à feira da praça XV hoje, mas o dia amanheceu tão bonito, que decido ir, mais como passeio mesmo, sem pressa.

A feira estava com muitas bancas vazias, e um amigo vendedor me disse que houve um acidente na av. brasil, e por causa disso, quem vem do subúrbio (muitos dos vendedores) estava pegando 1h à mais de trânsito, e por isso muitos deveriam, como ele, estar atrasados.

Acabei encontrando uma enorme travessa trigal da Santo Eugênio:



O curioso é que o padrão trigal está bem deturpado; os ramos de trigo são curtos e largos, meio "gordinhos"!



comparem com estes outros dois:



A marca nesta travessa (39,5 C x 30,5 L x 4,5 H) é a mais tardia, o que é interessante, primeiro pois demonstra que o trigal não foi fabricado apenas nas primeiras décadas do séc. XX, mas também na segunda metade, e segundo, vem de encontro com o padrão já "deformado", o que demonstra que com o passar do tempo, e a necessidade de se refazer as formas, houve um descuido, e o padrão mudou. Eu tenho um prato Santo Eugênio trigal, com esta versão da marca, só que mais próxima do registro, o que faz pensar que é uma peça bem mais antiga, em que o padrão está "certinho"; as espigas são finas e longas.

Outra coisa curiosa nesta peça é a desigualdade da aplicação do verniz. A metade superior na foto está com o padrão bem nítido quanto ao relevo; a de baixo, o verniz está tão espesso, que o padrão quase liso; os grãos de trigo mal aparecem.

Comprei outra peça interessante da Santo Eugênio, esta com uma marca mais antiga do que da travessa acima:



O interesante nela são duas coisas:

1 - a pintura à mãos dos galhos e gavinhas lembra muito o estilo da Santa Catharina;
2 - ela é muito pequena! apenas 12,9 cm de comprimento x 6 cm de largura! Então, o que pode parecer uma mini-molheira, talvez seja uma pimenteira, ou uma molheira individual, ou ainda (não boto muita fé), uma peça de brinquedo para crianças.

Junto com a travessa trigal comprei também um par de travessas Zappi, médias, uma rasa, e outra bem funda:



Comprei ainda no "Shopping Chão" 3 xícaras de café comercial, anos 1950, da Porcelana D. Pedro II. Eu adoro estas xícrinhas antigas de balcão de bar e restaurantes apenas com filetes coloridos. O interessante é a marca do distrubuidor (creio eu, pois ninguém precisa terceirizar a decoração de FILETES!!!, muito menos a D. Pedro II, que fazia isso o tempo todo, já que sua especialidade era justamente a louça comercial, tendo sido até mesmo a maior do Brasil neste ramo).



E isto encerra minhas compras hoje. Infelizmente vi duas peças FANTÁSTICAS da Céramus na feira, mas ambas estavam um ROUBO! Primeiro foram 2 pratos infantis com decalque da Branca de Neve e os 7 anões, com dizeres pró-alimentação x vida feliz e saudável, mas que o vendedor queira OITENTA (isso mesmo! OITENTA) reais em CADA. A segunda foi uma caixa ou pote cilíndrico baixo, mas sem a tampa, na qual era pedido "apenas" 60 reais!!

Boa sorte para eles...

praça XV - 21/06/2008

Hoje, apesar de ser início de inverno, está um sol e um calor de lascar, incômodo mesmo. Mesmo assim a feira da praça XV estava agradável, e consegui duas peças interessantes, a preços ótimos.

A primeira peça foi um potinho de mantimentos da Santa Helena, com marca da águia e âncora, felizmente bastante nítida na parte central, justamente onde todas as outras que já fotografei está com um "buraco" falhado. Finalmente vou poder atualizar o livro com o desenho completo da marca!



A segunda é uma jarra média em porcelana (com o formato muito parecido com uma jarra IPB que já vi alguns exemplares, porém esta é menor), com o decalque "Rosas Fontana". O Curioso é a marca da peça, em in-cavo, vejam:



Muito estranho ver uma peça de porcelana identificada com o nome de uma cidade de Minas. Mais um mistério para desvendar.

o truque do momento


tomem cuidado!

o "truque" do momento (talvez fosse mais certo chamar de "golpe" do momento) dos vendedores de "porcelana antiga" do site de leilões Mercado Livre é vender peças de louça vagabundas, de lojas de 1,99, importadora oriental de galeria mafuá, ou loja de presente vagabunda de bairro, como se fosse "RARIDADE!" "ANTIGUISSIMA!", etc e tal.

Se é tão "rara" assim, por que será que estas peças são SEMPRE vendidas em meia-dúzia? Seis da mesma peça, DE UMA SÓ TACADA, SEMPRE, é raro desde quando !?!?!?!?

Vejam alguns exemplos das peças "raras" e "antigas"; reparem como o desenho dos modelos e as decorações são realmente "ANTIGOS":



















é muita CARA DE PAU!

compra por 1 real, 1,50 cada, e vende desde R$10 até R$ 15!!!

ATUALIZAÇÃO EM 22/06/2008:

Parece que um dos vendedores cansou de vender as "raridas antigas" uma a uma, e agora colocou tudo à venda assumidamente em lote, com embalagem e tudo.

Reparem como o design da logomarca da empresa é realmemnte "antigo"; reparem no uso de acetato na embalagem, típico de "muito tempo atrás"; reparem no uso de manta de espuma, material "raro e antigo"! Reparem como a caixa está amassada, suja, amarelada...





volto a repetir: É MUITA CARA DE PAU!

olhem mais este; reparem nos ERROS EXPLÍCITOS DE PORTUGUÊS!!!




os chineses estão precisando URGENTE comprar uma gramática de nosso idioma!

Agora alguns dados sobre esta DM BRASIL, suposto fabricante das peças:

Esta empresa for criada em 2004, como confirma o documento abaixo:


A marca em uso nas embalagens das xícaras acima foi registrada em 2007:


Se vocês quiserem ver quão "antigas" e "raras" são estas xícaras, basta acessar o SITE da DM BRASIL, onde se poderá ver exatamente os MESMOS modelos acima!

http://www.comercialdmbrasil.com.br/index.php?option=com_virtuemart&page=shop.browse&category_id=97&keyword=&manufacturer_id=0&Itemid=32&orderby=product_name&limit=10&limitstart=50

http://www.comercialdmbrasil.com.br/index.php?option=com_virtuemart&page=shop.browse&category_id=97&keyword=&manufacturer_id=0&Itemid=32&orderby=product_name&limit=10&limitstart=0





Uma observação IMPORTANTE: A empresa DM BRASIL não tem NADA A VER com este "golpe", pois, como se pode ver no site deles, estão com o catálogo disponível, não enganam ninguém quanto a origem de seus produtos, nem dizem que são artigos "raros" ou "antigos". Isso é com o vendedor do site Mercado Livre!

feira da praça XV - 14/06/2008

Hoje fiquei todo feliz na feira da praça XV, que nem criança que ganha doce ou brinquedo!

FINALMENTE!!!
FINALMENTE!!!

Achei uma peça Santo Eugênio, com a marca mais antiga que conheço até agora, usada na década de 1920, provavelmente entre 1923 e 1928. É MUITO difícil encontrar peças com esta marca!

E ainda por cima, é uma xícara de café de um modelo canelado LINDO, que me parece ter sido exclusivo da Santo Eugênio, pois jamais vi uma xícara com modelo parecido feira por alguma outra fábrica. Todas as demais usam um outro modelo de canelado, que vemos muito por aí.

E reparem na beleza da estanhola! A xícara é quase toda branca, e esse friso floral de estanhola, simples, consegue dar um ar todo original, de "outros tempos", e ao mesmo tempo, super elegante.



E foi a PRIMEIRA peça que vi na feira hoje (e me chamou a atenção, claro, ver a gente vê 300 mil coisas, mas nada é novidade...), e quando virei o pires, e dei de cara com a marca, fiquei até tremendo de emoção. Mas apenas por dentro! Para o "mundo" (e principalmente o vendedor) eu fiz a cara mais blasé que alguém pode fazer.

E como se isto só já não bastasse para eu voltar para casa muito feliz, no finalzinho, na última barraca antes d'eu ir embora para cara, me apareceram mais xícaras de café, desta vez de outra fábrica muito difícil de encontrar, a Fábrica de louça E.B., de Curitiba, Paraná:



Não sou muito fã (na verdade, nem um pouco!) de cenas de galanteio, mas essa, mais estilizada, e quase uma silueta, eu até "simpatizo". Mas o mais importante mesmo foi ter FINALMENTE representantes desta marca na coleção!

Também comprei na mesma barraca das xícaras Santo Eugênio este simpático prato de sobremesa da Santa Cruz:

Feira do Lavradio - 07/06/2008


As "peças do dia":



pote de mantimentos médio (altura 22,5 cm), do atelier de Margarida Wollemann, de Curitiba, decoração com motivos Húngaros, pintura à mão livre. A louça é de faiança da Cerâmica Campo Largo, também do Paraná.


prato infantil Cerâmica Mauá, decoração borda de aerógrafo e decalque


As outras compras:


caneca de criança, Porcelana São Paulo (atual Teixeira), decoração decalque. O curioso é trazer na base estampado o número do registro de Modelo Industrial.



duas travessas Nadir médias, uma rasa e uma funda, decoração com largos filetes azuis e decalque de rosas.



xícara de chá Real, decoração "Rosas Fontana" (nunca é demais!), decalque e filetes em ouro



xícara de café Real, decoração "Rosas Fontana", decalque e filetes em ouro


Ganhei DOIS presentes nesta edição da feira da Gávea, de dois vendedores diferentes:


tigelinha Zappi, certamente de um conjunto para salada, decoração cornucópia, decalque e filetes de ouro



prato de sobremesa Santo Eugênio, decoração floral, pintura à mão

novo paraíso

Há alguns meses abriu aqui perto de casa um bazar beneficente de igreja, que como sempre o principal artigo são as roupas usadas.

Porém há também umas poucas louças. Já havia passado lá 2 vezes antes, mas sem encontrar nada que interessasse. Pois nestas últimas 2 semanas foi bem diferente!

Ao longo de 2 semanas, fui lá por 3 vezes, e olhem o que encontrei!


travessa trigal Céramus GIGANTE! 39 x 31 cm


travessa pequena Conrado Bonádio bem simples, mas que vale por ser razoavelmente antiga, e de uma marca não tão comum.


prato de sobremesa Santo Eugênio


prato fundo Santo Eugênio


prato de sobremesa Zappi


prato fundo Miranda Coelho

Espero que continue assim. As surpresas tem sido boas, os preços INACREDITÁVEIS, e ainda por cima vc se sente bem, pois o dinheiro arrecadado é para ajudar um hospital.

Porcelana paranaense luta para sobreviver


por Mirian Gasparin
07/04/2008
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=5762648548527230257

Sem condições de concorrer de igual para igual com o preço das porcelanas chinesas, as indústrias de porcelanas de Campo Largo tiveram que buscar alternativas para manter o faturamento, e, conseqüentemente, os empregos.

A Germer, que é a segunda maior indústria de porcelana do Brasil, fica apenas atrás da Schmidt, optou por fabricar peças de porcelanas diferenciadas, está agregando mais valor aos seus produtos e foi em busca de novos nichos de mercado.

Na semana passada eu visitei a fábrica da Germer, em Campo Largo, e fiquei impressionada com o que vi na indústria que emprega 530 funcionários. A maioria dos produtos é feita artesanalmente.

Ameaçada pela concorrência da porcelana chinesa, que custa 60% a menos, a Germer partiu para um planejamento estratégico e no ano passado conseguiu elevar seu faturamento em 25%. Para este ano, o crescimento previsto é de 20%. O bom desempenho nos negócios, segundo me informou o presidente da Germer, Antonio Girardi, decorreu da produção de peças diferenciadas, como pratos quadrados, xícaras maiores, e um novo público consumidor, principalmente, o setor hoteleiro.

A partir de maio, a Germer começa a utilizar um novo forno, que foi comprado por alguns milhões de dólares. Este forno que utilizará o gás natural possibilitará a queima de um milhão de peças de porcelanas por mês e se somará aos dois outros fornos que queimam cada um 300 mil unidades mensais.

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