fonte: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?id=840238
A indústria brasileira de porcelana de mesa promete virar o jogo contra a invasão de produtos chineses no mercado. O dólar forte, a implantação de sobretaxas e a aprovação de um novo projeto de lei devem reduzir o fôlego das importações de artigos asiáticos em pelo menos 20% a partir de 2009, calculam as empresas do setor.
Embaladas pelo dólar fraco e pelos baixos custos de produção, as importações da porcelana da China se transformaram na principal dor de cabeça para as fabricantes nacionais nos últimos anos. Entre 2004 e 2007 elas passaram de US$ 4 milhões para US$ 18 milhões. O produto chinês, que chega ao mercado nacional custando entre 30% e 60% menos do que o nacional, tirou espaço do brasileiro.
Calcula-se que os chineses tenham abocanhado algo como 40% das vendas de porcelana de mesa no país nos últimos anos. Somente de janeiro a outubro deste ano foram importados US$ 23 milhões em aparelhos de jantar e chá e outros artigos de mesa e cozinha, 66% a mais do que no mesmo período do ano passado.
“Se o dólar se mantiver no patamar de R$ 2,30 a R$ 2,40, a participação dos chineses pode cair em até 20%”, comemora Antônio Girardi, presidente da Germer Porcelanas Finas, segunda maior empresa do setor no país, com fábrica em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. A moeda norte-americana disparou desde setembro e acumula uma valorização de cerca de 52% em relação ao menor preço do ano, de R$ 1,55.
Responsável por 90% da produção brasileira de porcelana de mesa e 30% da cerâmica de mesa do país, o pólo de Campo Largo abrange 36 empresas, que juntas produzem 450 milhões de peças por ano e faturam, juntas, R$ 1 bilhão. O setor emprega 6 mil pessoas. “Os chineses fizeram estragos profundos no setor, que teve que reestruturar, investir em tecnologia e produtos de maior valor agregado para se manter no mercado”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Porcelana, Vidros, Espelhos, Cristal, Pisos e Revestimentos Cerâmicos e de Louça do Paraná (Sindilouças), José Canisso. Segundo ele, o setor vem adotando uma série de medidas para tentar conter a entrada dos chineses. Em julho, entrou em vigor uma sobretaxa às importações, que elevou de US$ 0,44 para US$ 1,44 a taxa paga pelo quilo de porcelana importada.
Também está em fase de elaboração uma ação antidumping contra as importações da China, acusadas de entrar no mercado brasileiro com preços muito abaixo dos custos de produção. As empresas aguardam ainda a aprovação, no Senado, do projeto de lei 717/03, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que sujeitará os produtos importados às mesmas normas de certificação impostas às mercadorias nacionais. A idéia é proibir a importação ou o fornecimento de mercadorias em desacordo com a regulamentação técnica federal. “O Brasil é um dos poucos países sem uma legislação específica sobre a entrada de produtos importados. O projeto (que deve ser aprovado em 2009) vai valer para todos os setores, mas vai beneficiar muito a indústria de porcelana”, diz.
Contaminação
De acordo com o Sindiçouças, o maior problema da porcelana chinesa vendida no Brasil é a contaminação por elevados níveis de chumbo e cádmio, metais pesados que provocam danos irreversíveis à saúde humana e estão totalmente fora dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Câmbio favorece exportações
A expectativa é que o dólar forte também beneficie exportações da porcelana brasileira. Hoje 20% da porcelana de Campo Largo é exportada, mas muitas empresas reduziram seus contratos ou trabalharam com margens muito reduzidas nos últimos anos. Agora, elas têm a chance de recuperar a rentabilidade. “Antigos importadores, principalmente da América do Sul, que vinham substituindo a porcelana brasileira pela chinesa têm nos procurado para fazer negócios”, diz Antonio Girardi, presidente da Germer Porcelanas Finas. De acordo com ele, as exportações, que representam 5% da produção, devem alcançar 10% em 2009.
De acordo com o presidente do Sindilouças, José Canisso, o setor exporta principalmente para Estados Unidos, América Latina, Europa, Austrália e Nova Zelândia. De acordo com Canisso, em função do câmbio e da forte atuação dos chineses no mercado mundial, as exportações chegaram a cair para 40 milhões de peças, mas um esforço de modernização e de investimentos em maior valor agregado elevaram esse patamar para 90 milhões em 2008. (CR)
Dólar faz porcelana chinesa perder força
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palavras-chave: louça chinesa, notícias
praça XV - 13/12/2008
Hoje fui à praça XV para desejar boas festas e bom ano-novo para os meus amigos vendedores, pois este ano não pretendo mais voltar em feiras, pois acaba sendo perda de tempo mesmo. Se tiver um tempo ainda na semana que vem, talvez faça o "circuito brechó" para também desejar ao pessoal boas festas.
Não comprei nada de especial, mas são peças bonitas, exceto pelo caneco de vinho, tipo de peça que não gosto, mas por ser da Cerâmica Mauá, e marca do Sol (1926/37) e ainda por cima apenas 5 reais... comprei!
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palavras-chave: Adelinas, Cerâmica Mauá
4o. Centenário do Rio de Janeiro "Extravaganza"
Ontem na feira da praça XV havia uma banca em que praticamente à venda era souvenir do 4o. Centenário de fundação da cidade do Rio de Janeiro. As peças eram basicamente da Porcelana Barão do Rio Branco e da Porcelana Mauá.
Eu adoro estas peças, claro que muito por eu ser carioca e ADORAR minha cidade, não importa o que falem dela, o qual seja a situação atual (uma característica bem carioca, que tem o lado ruim de levar as pessoas a se acomodarem e fazerem vista grossa para os problemas que deveriam ser enfrentado, mas isso é outro assunto).
Mas eu os aprecio PRINCIPALMENTE pelo fato do 4o. Centenário do Rio de Janeiro ter acontecido no ano em que nasci, 1965. E como sou obsecado pelo ano do meu nascimento...
Então, não poderia deixar de comprar algumas peças para a minha mini-coleção de louça do 4o. Centenário do Rio de Janeiro! Na verdade, esta coleção é tão "mini", que com as peças que comprei ontem (um bule, um prato de jogo de sanduíche, 1 caneca pequena, 2 xícaras de chá e 1 xícara de café), a coleção dobrou de tamanho.
Com isso, arrumei um lugar especial na organização da minha "macro" coleção, para poder expor todas as peças juntas.
Na banca ainda havia muitas outras peças, como xícaras com outros motivos decorativos, cinzeiros, covilhetes, bandejas, etc. Mas não dá para comprar tudo o que se quer sempre! Agora, se semana que vem eles ainda estiverem na feira... Ah, eu vou comprar mais sim!
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palavras-chave: Porcellana Mauá, Rio Branco
pombinhos ingênuos - II
Ontem, na feira da praça XV, fiz uma LOUCURA (para os meus padrões baixa renda...)
Comprei uma caixa grande da Cerâmica Mauá, com decoração Willow feita com estanhola!
Eu já havia visto uma peça destas, na coleção de um colaborador aqui do Rio, e fotos enviadas pela minha boa amiga Bernardete (veja neste post>>).
Mês passado apareceu uma caixa como esta na feira da praça XV, mas o vendedor queria o "módico" valor de... R$ 350!!!. Irrealístico!
Pois bem, ontem quando cheguei na banca do Pedrinho (um dos vendedores mais gente-boa aqui no Rio, um cara incrível, um tipo de pessoa que praticamente não existe mais, tranquilo, super amigável, generoso, sempre disposto a ajudar, entre outras qualidades), havia esta caixa da foto acima, linda, branquinha, sem um lascadinho sequer, sem nenhuma mancha, não deve ter sido jamais usada nos seus 60 anos de vida.
Ele queria R$ 160 na caixa, mas deixou para mim por R$ 130. Comprei, sem pensar duas vezes!! A peça mais cara que havia comprado até hoje tinha custado R$ 60. Se fosse em outro vendedor, teria deixado passar, mas sendo com o Pedrinho comprei. Ele já vendeu diretamente 8 livros meus, e já deve ter influenciado indiretamente a venda de tantos outros, pois sempre faz muita propaganda do mesmo, e sempre se recusou a receber qualquer tipo de comissão.
Foi uma pequena "loucura", pelo valor, mas considero que foi meu auto-presente de Natal, e eu tenho um carinho especial pelo padrão Willow, mesmo sabendo que é um mega-cliché neste mercado de antiguidades, mas a decoração Willow lembra minha infância, a casa da minha avó, que tinha um jogo de jantar Willow que ganhou de presente de uma grande amiga vizinha sua, que teve que deixar o Brasil na época da Segunda Guerra Mundial, apenas por ser japonesa.
Meu único "medo" é abrir um precedente para peças nesta faixa de valor, que até então era uma "regra de ouro" para mim!
Mas eu acho que todos merecemos nos permitir uns pequenos luxos.
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palavras-chave: azul pombinho, Cerâmica Mauá, Willow
tipologia: ânforas
Ânforas são vasos antigos de origem grega de forma geralmente ovóide e possuidoras de duas alças. Confeccionados em barro ou terracota, com duas asas simétricas, geralmente terminado em sua parte inferior por uma ponta ou um pé estreito, e que servia sobre tudo para o transporte e armazenamento de gêneros de consumo, tal como a salmoura. Era usada pelos gregos e romanos para conter sobretudo líquidos, especialmente o vinho. Servia também para conter azeite, frutos secos, mel, derivados do vinho, cereais ou mesmo água.
A palavra "ânfora" vem do latim amphora, que por sua vez é derivada do grego αμφορεύς (amphoreus), uma abreviação de αμφιφορεύς (amphiphoreus), uma palavra composta combinando amphi- ("nos dois lados", "duplo") e phoreus ("carregador"), do verbo pherein ("carregar").
Para uma correcta classificação deste tipo de recipiente, existem diversos catálogos (Dressel - ilustração ao lado, Haltern, Lamboglia - ilustração abaixo, Benoit, Gauloise, etc), de terminologia complexa e por vezes dúbia. A história da classificação destes está constantemente a ser alterada, de acordo com os dados que vão sendo recolhidos em diversas escavações arqueológicas em terra e sub-aquáticas.
Em Portugal, principalmente no litoral e ao longo dos principais cursos de água (rios), vão sendo descobertos inúmeros fragmentos deste tipo de recipientes, cuja produção remonta a lugares tão distantes como o mediterrâneo oriental, mundo grego, Península Itálica, província Gálica, Tarraconense e, mais próximas, da bacia de Cádiz e norte de África. Também foram produzidas ânforas em território Lusitano, em épocas mais tardias e geralmente relacionadas com o envase de produtos marinhos ou derivados deste.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ânfora
ESTRUTURA DE UMA ÂNFORA
esquerda: orla (1), pescoço (2), alças (3), corpo (4) e pé (5) ou pedúnculo.
direita: orla (1), pescoço (2), alças (3), corpo (6) e pés (7); se usam ainda os termos conexão (4) e ombro (5) para descrever a evolução das formas.
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palavras-chave: tipologia
praça XV - 15/11/2008 - dia do desenho
Hoje a feira da praça XV estava ainda mais vazia do que vem acontecendo nas últimas vezes em que lá estive. Será que foi o feriado? Eu nem me lembrava que era feriado hoje, até dar de cara com a porta fechada do restaurante onde almoço todos os dias.
Rodei a feira inteira duas vezes, e em se tratando de praça XV, isso significa quase 1 hora de andança para cada vez, e no final só comprei mesmo duas peças muito curiosas que havia encontrado logo ao entrar na feira, distante duas bancas apenas de onde eu comecei a olhar a feira!
Estas peças foram compradas em uma banca de um senhor que só vende material de desenho, aquarela, caligrafia, etc, e segundo uma senhora que o ajuda, era tudo material dele mesmo.
A primeira peça é um godê da Cerâmica Mauá:
E a segunda também é um godê, da Cerâmica Matarazzo, só que os potinhos são separáveis e empilháveis, tendo uma tampa para fechar o mais ao topo:
O dado curioso desta banca... a senhora faz toda a conversação e negociação com os compradores; o senhor, dono das peças, fica no canto dele, com cara amarrada, não dá bola NENHUMA para os compradores, e só se mexe para pegar o dinheiro quando você paga a compra, ou para informar o preço de alguma coisa, sendo que não adianta perguntar direto para ele; você tem que falar com a senhora, e ela fala com ele... curioso!
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palavras-chave: Cerâmica Mauá, Matarazzo
A ignorância - mãe dos "bons negócios" ? - parte 2
Ontem voltei ao Shopping dos Antiquários, aqui no RJ. Agora, com o Guia de Marcas nas mãos, fui lá checar se o Jogo de Jantar Mod. Oxford que comentei no post A ignorância é a mãe dos "bons negócios"? ainda estava à venda. Estava.
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palavras-chave: Mod. Oxford
praça XV - 08/11/2008
Finalmente, depois de várias semanas, consegui voltar à feira da praça XV!
Estava bem vazia de público e de vendedores; havia várias bancas desocupadas. E vai chegando esta época do ano, os vendedores já começam a reclamar que as vendas estão caindo...
Comprei este conjunto da Zappi:
A vendedora disse que este jogo está na família há 72 anos... Se a informação estiver correta, se poderá assumir que esta versão da marca da Zappi está em uso desde meados dos anos 1930.
Este vasinho pequenino da Cerâmica Artística SP
E um lote de 5 pratos de sobremesa Real anos 1950, pois nunca é demais comprar mais peças com O decalque "Rosas Fontana"!!!!
presentes! parte 2
Continuando a apresentação dos presentes que ganhei do meu querido amigo Washington Marcondes, de Campinas.
Nesta segunda parte, pratos e travessas.
travessa trigal rasa grande Santa Rita
prato de jantar Matarazzo-SP
prato de jantar trigal Vitória
prato de jantar Santa Catharina
prato de jantar trigal Santa Cruz
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palavras-chave: Matarazzo, Santa Catharina, Santa Cruz, Santa Rita, Vitória
presentes! parte 1
Desta vez apresento alguns dos vários presentes que ganhei do meu querido amigo Washington Marcondes, de Campinas, que como eu é um fanático pelos enigmas que a história de nossas fábricas de louça nos proporcionam.
Nesta minha estada em sua casa, bolamos várias teorias ótimas sobre o que pode ter acontecido com as fábricas ao longo de suas vidas, trocas de marcas e razão social, quem vem antes, quem vem depois; estilos, padrões... muita coisa!
Nesta primeira parte, xícaras e pires.
Adelinas
Cerâmica Mauá
Adelinas
RR
Porto Ferreira
Compras em Porto Feliz, Sousas e São Paulo
bandeja de bolo Cerâmica Matarazzo (Louças Cláudia), com decalques Royal Doulton "Bunnykins rabbits". pela cor e desenho da marca, provavelmente é uma peça dos anos 1940. comprada em SP, através do Mercado Livre.
bandeja de bolo Porto Ferreira, com decalque comemorativo dos 400 anos de SP (1954). comprada em Porto Feliz.
travessa grande Porto Ferreira. pela cor e desenho da marca, provavelmente é uma peça dos anos 1940. comprada em Sousas.
prato de sobremesa Adelinas, com monograma. fabricado entre 1933 e 1937. comprado em Sousas
travessa rasa pequena Cerâmica Matarazzo (Louças Cláudia). comprada em SP.
molheira Porto Ferreira. pela cor e desenho da marca, provavelmente é uma peça dos anos 1930. comprada em SP.
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palavras-chave: Adelinas, Matarazzo, Porto Ferreira